terça-feira, 25 de outubro de 2011

A esquina

Naquela esquina putas e travecos forneciam amores apressados aos afogados que ali aportavam. Ela não se vendia, apenas morava em frente. Estudava e sentia saudades da família, enquanto escutava de sua janela os sambas do mercado municipal. Observava de cabelos negros, todo aquele tumulto, um cheiro de amêndoas lhe despertava a paixão inata de sua alma. Sentia-se também afogada, de tanto transbordar amores. Sorrindo sempre de maneira apaixonante, sua janela iluminada clareava a noite das danadas no beco escuro, e enquanto gemiam falsos prazeres baratos, ela suspirava, aguardando um amor sem preço.

domingo, 16 de outubro de 2011

Fingindo que sei fazer poesia.


"Diz que quando o céu vaza dessa forma é o choro dos amantes, escravos de amores contrariados. Sedentos por ter, quem só os busca por prazer, indignos por exemplo, do o que eu guardo pra você." (13/10/2011)

"Clio, Calíope e as musas dançam na imensidão dos planos. Onde você estava quando partiram? Te esqueceram ou ficaste? Talvez para alegrar, com toda sua beleza, transeuntes a chorar, em uma terra de alardes." (14/10/2011)


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